O ministro da Defesa, José Múcio, afirmou que as Forças Armadas vão respeitar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento de Jair Bolsonaro e outros militares que participaram da tentativa de golpe de Estado.
“As Forças Armadas vão respeitar o veredito da Justiça”, disse o ministro à Jovem Pan.
O STF começou o julgamento do chamado “núcleo crucial” do golpe na terça-feira (2).
O grupo era liderado por Jair Bolsonaro, que é capitão da reserva do Exército.
Também estão sendo julgados os generais da reserva Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, Augusto Heleno e Walter Souza Braga Netto, além do tenente-coronel Mauro Cid e do almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha.
Em caso de condenação, o Superior Tribunal Militar (STM) pode ser acionado para que tire as patentes e encerre o pagamento de salários dos militares golpistas.
A cúpula das Forças Armadas entende que as instituições militares devem ser preservadas, ao passo que os militares que cometeram crimes devem ser punidos. Isto é, as possíveis condenações não podem ser generalizadas de forma a atingir o Exército, a Marinha e a Aeronáutica.
O Exército informou que estão proibida manifestações de bolsonaristas em frente a quartéis e outras unidades militares em todo o país, tendo “tolerância zero” com essas movimentações criminosas.
Depois da derrota eleitoral de Jair Bolsonaro, acampamentos golpistas foram feitos em frente a diversos quartéis do Exército para criar clima para o golpe que Bolsonaro estava planejando. Além disso, houve barricadas nas estradas do país, dificultando o trânsito.
Os criminosos fizeram um grande acampamento em frente ao quartel-general de Brasília, onde pediam aos militares que fizessem uma “intervenção” para manter Jair Bolsonaro no poder.
As Forças Armadas também estão atentas a possíveis manifestações golpistas no dia 7 de Setembro.
o ministro falou o óbvio, as ffaa são órgãos de Estado e não de governo, seja ele qual for. o ministro e as ffaa não estão fazendo nenhum favor quando respeitam uma decisão da Justiça, são servidores sujeitos ás regras, como qualquer outro servidor civil.